É A NOSSA ÚNICA ARMA
Na Grécia
antiga, berço da Democracia, os cidadãos tinham a obrigação de se envolver na
Política, sob o risco de serem condenados ao ostracismo. O motivo era simples:
todos são responsáveis pela sociedade. Aquele que se eximia dos deveres para
com a sociedade não podia exigir direitos nesta mesma sociedade. Passados mais
de dois mil anos, certamente muita coisa mudou, e a própria Democracia precisou
evoluir para continuar democrática. Entretanto continuamos responsáveis por
definir os rumos da Nação, o futuro dos nossos filhos e netos.
Temos uma
eleição à frente, quando vamos decidir o que queremos para o futuro do nosso
País, e a única arma que dispomos nessa batalha é o voto.
No
Brasil, infelizmente, o voto virou uma moeda de troca onde o eleitor busca
algum pagamento do seu candidato. Alguns votos podem valer uma cesta básica, ou
uma dentadura. Outros podem servir como uma forma de agradecimento, ou uma
ajuda a um amigo ou parente. E ainda existem aqueles para quem o voto é a
grande oportunidade para mamar nas tetas do erário. Em resumo, temos uma alta
quantidade de eleitores (superior a cem milhões), mas uma baixa qualidade de
cidadãos.
Estamos
acompanhando as notícias sobre escândalos e mais escândalos e a conclusão inevitável
é que a politica no Brasil, de tão podre, já chegou ao esgoto. Não culpo este
ou aquele Partido, este ou aquele Presidente. A culpa é nossa! Afinal de
contas, aqueles que lá estão foram eleitos pela sociedade, mesmo que não tenha
tido o meu voto.
Sei que
muitos de nós, cidadãos honestos e trabalhadores, criaram asco da políticagem
que se desenvolve nessa terra, e acham que o voto nulo é a melhor forma de
mostrar a nossa indignação. A menos que se seja conivente com tudo o que aí
está, esta é a pior das respostas.
Além de
favorecer a manutenção dessa podridão que é o nosso Congresso, cruzar os
braços, esperando que os outros decidam, sozinhos, o futuro do País é uma
tremenda de uma injustiça com os nossos filhos e netos.
Daqui a alguns anos
eles irão nos perguntar: o que vocês fizeram para me deixarem um País decente?
Proponho pensarmos, hoje, na resposta que daremos.
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